quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Dakar 2012 - Um exemplo para Cyril FDP Despres

O pessoal do Desmogroup tinha circulado a um tempo atrás este texto, do qual faço uma tradução livre.

Contextualizando...

Dakar de 2004.
"O Cara" chamava-se Fabrizio Meoni.

Levou a KTM a sua primeira vitória em 2001. Repetiu o feito em 2002, e morreu no Dakar de 2005, coincidentemente Cyril FDP Despres subiria pela primeira vez ao pódio, em 3°.
Corria-se a 7ª etapa.
701km de cronometrados.
Fabrizio Meoni  havia vencido a 4ª etapa e vinha brigando pela liderança com Esteve Pujol, quando destroçou seu pneu traseiro no km580.
E ai ficou.
1h15min.
Observando passarem os competidores.
Sem nenhuma ajuda.
Cada vez mais ciente de que o Dakar acabaria ali.
Surge David Casteu.

Disputando seu segundo Dakar, a bordo de uma Cagiva ("First of all it's a Cagiva because I didn't want to have a KTM like the others. But most of all, it's the bike that belonged to Edi Orioli when he won the 95 rally. I payed 30 000 francs for it and then added 20 000 to restore things. It's a 900cc that is perfect for the race because it's solid. When you have no assistance it help").

Ao ver a cena parou.
Posteriormente em entrevista ele declarou: "Como motociclista, não imagino não para, e odeio saber que muitos não pararam"; "Ainda me aproximando vi pedaços do pneu e logo percebi o que se passara".
Mesmo diante das argumentações de Meoni ("He told me to carry on and not lose time. But I couldn't do that. He was devastated"), Casteu começou a trabalhar no conserto da moto e, com a ajuda de Cyril Raynal que também parou, em 5min colocou Meoni de volta ao Dakar.
Meoni terminou o Dakar de 2004 em 6°.
Na 9ª etapa, entre Néma e Mopti, no deserto de Mali, faltando ainda mais de 2000km para Dakar, Casteu bateu a Cagiva de frente com um Land Rover. A moto ficou destruída, e Casteu quebrou 3 costelas.
Parou?
Não.
Deu um jeito na moto, amarrou sua camisa em volta do ferimento e seguiu em frente. Completou o Dakar 2004 em 31°, e a organização lhe rendeu homenagem com troféu pela bravura e solidariedade demonstradas.
Uma ambulância lhe aguardava no aeroporto de Paris.

Vê se aprende Cyril FDP Despres!

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