terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Dakar 40 - Etapa 4

Olá dakarianos de plantão!
Mais reviravoltas na etapa de hoje.


A largada foi um pouco diferente. Os pilotos largaram em grupos de 15 ao mesmo tempo e cada grupo largou 5min depois do anterior. Isso, além de reduzir vantagens e desvantagens entre os 15 primeiros, nitidamente beneficia o segundo grupo. Por exemplo, Sunderland teria a desvantagem de abrir pista sem nenhum rastro diante de si, ao passo que Gerard Farres largaria em 3º e teria diante de si as trilhas de Sunderland e Walkner como referências. Pois isso foi o que não aconteceu. A mesma dificuldade enfrentada por Sunderland foi compartilhada por todos os outros 14 que largaram lado a lado com ele. Se eu fosse o José Antonio Cornejo Florimo, piloto chileno de 24 aninhos que participou apenas em 2016 e abandonou na 5 etapa, e que entrou este ano na vaga deixada por Paulo Gonçalves, esqueceria o roadbook e faria o que fosse possível para grudar sua Honda na traseira de Sunderland. É uma oportunidade que só este tipo de largada proporciona.
Já o segundo grupo contava com 15 trilhas diante de si para referência. É claro que em seguida as trilhas vão se separando umas das outras, mas não deixa de ser uma referência a mais além do roadbook. E parece que o pessoal do segundo pelotão soube aproveitar isso, pois já no primeiro WP as 4 primeiras posições eram ocupadas por pilotos que largaram no segundo grupo, Barreda, Van Beveren, Nevado (um estreante de Gas-Gas) e Soultrait. Nevado deve ter feito o que eu sugeri... nem olhou para o roadbook e se ocupou em não descolar de Barreda e Van Beveren, mas chegou um momento em que seus pontos de referência se separaram e ele teve que escolher um. Escolheu o errado...

Observe o que aconteceu com Sunderland e Matthias Walkner.
Largaram juntos, passaram pelo WP1 com uma diferença de 10s entre eles, no WP3 a diferença era 36s, no WP4 Sunderlad ficou pra trás 2min26, baixou oara 1min36 no WP5, passaram praticamente juntos no WP6, mas... Sunderland acabou sofrendo um acidente na parte final e foi obrigado abandonando o dakar. Foi levado ao hospital de helicóptero com fortes dores nas costas. Tomara que não tenha sido grave.
Barreda também foi vítima de alguma coisa que ainda não foi divulgada. Ele vinha nas 3 primeiras posições até o WP6 quando passou a 6s de Van Beveren mas termonou em 10º 10min depois do líder Van Beveren, que soube se beneficiar de largar no segundo grupo, se manteve grudado em Barreda e quando este falhou assumiu a liderança.

A etapa terminou assim:
1 Van Beveren (Yamaha)
2 Soultrait (Yamaha) +5:01
3 Walkner (KTM) +7:10
4 Quintanilla (Husqvarna) +7:32
5 Svitko (KTM) +7:45
6 Daniel Carreras (KTM) +8:39
7 Florimo (Honda) +8:45
8 Benavides  (Honda) +9:14
9 Barreda (Honda) +10:00
10 Gerard Farres (KTM) +10:11

E na classificação geral Van Beveren assume a liderança com 1min55 a frente de Quintanilla e 3min15 de Benavides. Atrás deles vêm Walkner (+5:23), De soultrait (+7:34), Price (+10:14), Florimo (+12:06), Caimi (+12:48), Gerard Farres (+13:05) e Antoine Meo (+13:47). Barreda precisa recuperar ainda 22min08 se quiser assumir a liderança, e só conseguiu recuperar 40s na etapa de hoje. Será que vai dar?

Continuamos ligados...

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