quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Dakar 2013 - continuação 2

Olá pessoal!

Depois da tremenda falta de caráter demonstrada por Cyril FDP Despres no ano passado, e com Marc Coma e Felipe Zanol fora da competição, a minha torcida vai mesmo é para que a hegemonia da KTM seja quebrada este ano.

De fato não me parece que a iniciativa da organização do Dakar em limitar os motores em 450cc, justificando que a medida viabilizaria a participação de outros fabricantes, está se mostrando acertada.
É um pouco controverso.
Eu penso que esta limitação não deveria existir. e que o limite deveria ser realmente a técnica do piloto e a capacidade da moto em resistir. Na fase africana era assim, e com trechos cronometrado bem mais longos.
Mas...
Antes destas novas (já não tão novas assim) regras passarem a valer o cenário era o seguinte:
Em 2007, último na Africa, competiram 264 motos, sendo 128 KTMs (49%).
Em 2009 das 113 motos que largaram, 64 eram KTM (57%).
Em 2010 largaram 151 motos, e 78 eram KTM (52%).
Justamente em 2010 é que as novas regras começaram a ser aplicadas, aos poucos, primeiro para os pilotos de ponta, depois vieram os restritores de potência, e finalmente no ano passado "pegou geral".
Em 2011 das 186, 56 KTMs (só 30%).
E no ano passado, das 178, 71 ainda eram KTM (40%)
Este ano, das 175 que largaram, 66 ainda são KTM (38%)
Vamos olhar na linha de chegada as 10 primeiras colocações.
Em 2007 7 KTMs;
em 2009 9 KTMs;
em 2010 6 KTMs;
em 2011 6 de novo;
e no ano passado foram 7.
Se o Dakar terminasse hoje, seriam 5 entre as 10 primeiras.
Mudou alguma coisa?
Sim! Mas é questionável dizer que foi por causa da limitação em 450cc.
Thierry Sabine criou uma aventura, que foi vencida pela primeira vez por Cyril Neveu com um XT500, com uma identidade forte: Desertos, looooongas distâncias, e motos grandes.



Era algo muito diferente de uma corrida de motocross, onde as motos eram menores, mais leves, e a técnica totalmente diferente.
Na minha opinião, esta linha de corte de 450cc, somada a migração para a America do Sul, e as diferenças na construção dos trajetos, vem alterando a identidade do Dakar, que deixa de ser uma aventura, no sentido lúdico da palavra, e passa a ser uma competição, no sentido técnico desta palavra.

Ok... Ok... Eu assumo que tem um pouco de nostalgia nisso.

Mas vamos resumir a etapa de hoje?

Chaleco Lopez!

O chileno largou em 7º e assumiu a ponta depois dos problemas que teve o português Paulo Gonçalves, chegando 2,5min a frente de Rubem Faria.
Boturi chegou em 5º, Pain em 10º e Casteu em 15º.
Na classificação geral, Pain continua na ponta, Casteu perdeu uma posição e cai para 3º, mas só 4min atrás do líder, Chaleco Lopez subiu de 6º para 4º, e Rubem Faria cai para 5º.

É isso ai. Vamos continuar acompanhado.

3 comentários:

Rafael disse...

Tb gostaria de ver o FDP Despres passar um perrengue desse!!! Mas o melhor é ver as pilotos superando ele etapa após etapa, o francês deve estar em cólicas kkkk.

Tenho a mesma opinião que vc quanto a questão da limitação de potência, se o cara quiser correr com uma 250cc ou 1000cc que corra, há vantagens e desvantagens em cada uma, cabe a equipe encontrar a cilindrada perfeita. Esta restrição além de tornar o espetáculo menos variado ainda dá uma freiada no desenvolvimento tecnológico...

Agora mudando um poquinho de assunto, se o Zanol tivesse ai em?? creio que estaria no mínimo entre os 5 primeiros.

Cagiva Elefant 900 disse...

Viu o desempenho do FDP hoje?
TRIGÉSIMO OITAVO!!!!
Por enquanto... Tá chegando mais gente que pode ter sido mais rápida do que ele!

O Zanol... de Honda novinha... realmente seria show.
Uma pena... :(

Rafael disse...

Vi sim hahah recebaaaa Despres!!!