segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Final de semana difícil...

Olá!

Com um pouco de atraso, trago um post sobre o passeio do feriado de 02/11 em Floripa.
Então... havia um encontro de motociclistas, e o pessoal da minha cidade estava se organizando a um bom tempo para participar.
Eu nunca participei de um encontro, e tinha a imagem de um monte de "boyzinhos" queimando pneu, fazendo barulho, deixando as ruas cheias de sujeira, e bebendo (por dizer bebendo...) até acido de bateria.
Mas este parecia que seria diferente.
A começar pelo grupo.Somando a idade dos 8 intrépidos "pilotos" é capaz de passar dos 400 anos, e somando a kilometragem rodada por todos em duas rodas, é difícil chegar aos 100 mil.
Mas a verdade é que o pessoal é muito divertido...

Os médicos, professores e empresários, ao entrarem em suas roupas, encarnam e vivem outra persona, e no final, não se sabe se, como dizia o velho Raul (Seixas) "era uma borboleta que pensou que era um sábio chinês, ou um sábio chinês que pensou ser uma borboleta".
Fomos de bonde. E para quem não sabe, bonde é uma forma organizada de se andar em grupo de moto na estrada. Quem vai na frente é o "ponteiro", quem vai no final é o "ferrolho". Ninguém passa o ponteiro e nem fica atrás do ferrolho, e a galera vai andando em um único bloco, de uma fila dupla desencontrada, ou seja, não se anda lado-a-lado, mas sim em diagonal com a moto da frente e a de trás. Em pista dupla, para ultrapassar, o ponteiro sinaliza e abre, e em seguida o ferrolho faz o mesmo, "travando" o trânsito para proteger a ultrapassagem do resto do grupo.
O maior problema de se viajar em bonde é que o grupo precisa encontrar um consenso de ritmo. Grupos mais acostumados a viajar juntos têm mais facilidade em encontrar esta sintonia, mas esta era a primeira viajem deste grupo, e encontrar esta harmonia demorou um pouco.
Mas os problemas não se resumem à faixa etária ou inexperiência dos brothers. Coisas piores nos aguardavam...
Ao chegarmos no hotel tivemos que suportar várias horas em um ambiente quase inóspito.

Sol, cerveja gelada, piscina, mar, céu azul, uma brisa leve e refrescante.
Um verdadeiro martírio.
E foram VÁRIAS horas!!!
No dia seguinte estava programado um passeio ao redor da ilha.
Calculei cerca de 800 motos alinhadas.

Pareciam estar presentes todas as marcas e modelos do mundo, mas Cagiva só tinha uma... :)
Rodamos da praia dos Ingleses até a Lagoa da Conceição, passando pelo Rio Vermelho, Barra da Lagoa, e praia Mole, e daí, pelo Canto da Lagoa, Rio Tavares, Costeira do Pirajubé, para a baía sul, atravessando o túnel sob o Morro do Mocotó para chegar ao centro, e daí para a beira mar norte.
Por onde passava, aquele mar de motos chamava a atenção.

Seguimos pela SC401 até o trevo que nos levaria para Jurerê Internacional, onde este monte de motos chegou ao P12, onde seríamos obrigados a passar o resto do dia.

As imagens falam por si só... penamos... um martírio...

O local é uma sede de praia do clube 12 de Agosto. Fica bem no final da praia, à esquerda de quem chega. Um lugar amplo, com picinas, bares, palco, acesso exclusivo à praia, tendas, divãs, poltronas, camas, enfim... um inferno. A para maltratar ainda mais os já sofridos motociclistas, o almoço foi servido ali mesmo, neste ambiente que abala até o psicológico do sujeito. Paella à Valenciana. Teve gente que até chorou!!!
Já no final do dia rolou no palco a apresentação de 3 grupos. A bateria da Consulado, que empolgou a turma do samba, com destaque para a musa, que empolgou mais do que a bateria...

E mais 2 bandas que fizeram o mais puro rock and roll.

Chamou a atenção um menino que estava especialmente atento e envolvido pela apresentação das bandas. Chegou a sentar no palco para assistir, e no final fez questão de uma foto com as meninas, autógrafo, beijinhos e tudo que um bom fã tem direito.

No final da noite, num dos estacionamentos que abrigou cerca de 400 motos, restavam apenas 4, o Cagivão e mais 3...
No dia seguinte, feriado de 02/11, o retorno foi meio difícil por causa do trânsito na estrada, mas chagamos todos bem, como se diz: "contentes e satisfeitos".
Não posso deixar de registrar agradecimento aos brothers pelo convite e pela companhia, e espero que o grupo faça poeira com mais freqüência.

Até o próximo, onde quero falar um pouco sobre o Dakar (rally).

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