Quem pode acompanhar a competição neste final de semana pode ver que o final de semana na Bolívia foi bastante agitado para este que está se apresentando como um dos mais competitivos e equilibrados da história sul americana do Dakar. Pra começar era Marathon, ou seja, sem assistência nenhuma entre a etapa de sábado e a de domingo que foram de chuva, barro e frio.
Sábado Barreda foi primeiro na etapa e recuperou 5min na geral subindo para a terceira posição, mas caiu próximo do Km300 que lhe causaram problemas nos ligamentos do joelho esquerdo. Conseguiu terminar a etapa mas precisou ser atendido em hospital e cedeu 3 ou 4 minutos no final da especial. Ainda não há informação detalhada sobre o caso mas parece que foram os ligamentos laterais, bem menos críticos do que os cruzados, mas parece que ele foi submetido a uma sessão de drenagem, o que é um mau indício. De qualquer forma, os pilotos contam com um equipamento de proteção que é quase um aparelho ortopédico, feito sob medida.
Mathias Walkner foi o quem mais apanhou, perdendo uma posição e se afastando mais 5min da liderança, parte disso se deve a uma penalização de 1min que lhe foi imposta na etapa 6.
O argentino Benavides também cedeu mais de 5min e perdeu a liderança, deixando Van Beveren em primeiro novamente.
E no domingo mais mudanças.
Benavides continua em segundo, mas a apenas 22 segundos de Van Beveren.
Berreda visivelmente prejudicado pela lesão no joelho cedeu mais de 3min e perdeu 2 posições, terminando em 5º na geral.
Quem se aproveitou disso foram Walkner e Price, ambos de KTM, o primeiro recuperou quase 2min e o segundo 6min.
Esta etapa foi vencida por Antoine Meo e Laia Sanz fechou os Top10.
E a etapa de hoje foi cancelada por completo.
As chuvas foram torrenciais, gerando riscos de inundações e também de tempestades durante a especial. Já no sábado o serviço meteorológico boliviano havia emitido um alerta laranja prevendo 60 a 90 milímetros para algumas regiões entre os dias 14 e 15.
Como sempre, o cancelamento de uma etapa, ou mesmo de parte dela só faz sorrir quem está na frente, pois para quem está atrás isso significa menos tempo disponível para uma recuperação.
Eu já tinha feito esta previsão anos atrás e me dei mal, por isso retardei ao máximo mas, acho que esta edição especial de 40 anos do Dakar também vai ser a que marcará a quebra da hegemonia da KTM. Entre os 5 primeiros temos apenas Walkner e Price de KTM. Os 2 vêm se mantendo estáveis e nunca muito mais do que 10min do líder. Alguns apostam que a equipe está seguindo uma estratégia de controlar o ritmo, se mantendo próximo do líder , inteira e em condições de um ataque final nos terrenos mais rápidos das etapas finais na Argentina. Hummmm... será?
Seguimos acompanhando!
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