quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Dakar 40 - etapa 5

Tá ficando mais e mais emocionante!

Crescem as possibilidades de que o campeão deste ano não seja uma KTM!
Entre os 5 primeiros na classificação geral, cuja diferença está abaixo de 10min, temos 2 Honda, 2 Yamaha e apenas 1 KTM. E entre os 15 primeiros temos 5 KTMs, sendo 4 da equipe oficial.
Van Breveren continua segurando a Yamaha na ponta, mas agora à frente da Honda de Kevin Benavides, porque Pablo Quintanilla sofreu um tombo já no começo da etapa num trecho de praia e chegou 28min52 depois de Joan Barreda o vencedor da etapa de hoje, última no Peru. Vale lembrar que Barrede não está totalmente recuperado de uma lesão que sofreu no punho esquerdo e isso ainda pode atrapalhar pois ainda tem muito chão pela frente.
Antes de Barreda na classificação geral ainda vem Matthias Walkner, praticamente colado em Benavides.
Depois deles vêm De Soultrait, Price, Antoine Meo, Gerard Farres, Pablo Quintanilla e Brabec.
Tradicionalmente a partir desta etapa as mudanças de posição são menos intensas. Salvo por abandono, acidentes ou penalizações, deste ponto em diante já se pode ter uma boa noção de quem de fato tem condições de pódio.

Mudando um pouco de assunto, mas continuando em rally e em Dakar ... (!?!?)
Alguém conhece o Africa Eco Race?
http://www.africarace.com
Enquanto o dakar comemora sua 10ª edição na América do Sul, o "Eco" comemora sua 10ª edição em Dakar!
Isso mesmo!
Para muitos a Africa Eco Race é que é o verdadeiro dakar e não apenas porque termina na cidade de Dakar, mas porque resgatou e mantém uma aura de aventura, com participantes amadores, de mochila às costas e sem a participação de equipes dos fabricantes, evocando as primeiras edições do Paris-Dakar.
Aventura, Este era o clima do rally Paris-Dakar em seu início. Uma bússola, um roadbook, água e uma caixa de ferramentas era a bagagem dos motociclistas aventureiros. Não havia sequer motos fabricadas especificamente para este tipo de utilização. O dakar foi responsável pelo surgimento dos modelos big trail.
No mesmo ano em que o dakar abandona o continente africano nascia a Africa Eco Race, que se propunha não só a percorrer os países anteriormente percorridos pelo dakar, mas comprometia-se também a manter o ‘espírito dakariano’, apelando aos amadores e apostando numa filosofia ecológica, de ajuda mútua e apoio aos povos visitados.
O Eco se propõe a ser mais acessível aos pilotos amadores e tenta manter o espírito de aventura com as especiais quase sempre mais longas que as ligações, sendo muitas vezes a quase totalidade da etapa.
Há pilotos que já correram em ambas, como é o caso de Ullevalseter e Franco Picco.
Isso mesmo! Franco Picco!
O piloto italiano, hoje com 64 anos, foi um dos pioneiros e, apesar de nunca ter vencido, foi também um dos heróis do dakar e de outros grandes rallyes africanos. Subiu três vezes ao pódio no dakar, venceu um par de vezes o Rally dos Faraós e o Rally das Piramides.
Participou do dakar entre 1985 e 1990, fez mais tarde duas participações de carro ainda em África, mas em 2010 voltou para fazer o dakar de moto, e praticamente não parou desde então. Este ano não foi ao dakar, mas está na Africa Eco Race.
Esse é O CARA!!!

E o percurso do Eco deste ano é assim:
Uma rota diversificada com tantos trechos de areia e dunas quanto possível.
Poucos trechos de ligação ou deslocamento e muitas largadas e chegadas direto do bivaque.
Roadbooks precisos e foco em nevegação.
2 etapas em loop (igual ao dakar deste ano...)
Uma etapa de "500 milhas" sem assistência.
Bivaques montados em meio à natureza.
12 etapas com dia de descanso em Dakhla com um total de 6000km.

Hoje rolou a 8ª etapa, entre Chami e Amodjar na Mauritânia, que foi vencida pelo português Luis miguel Anjos Oliveira pilotando uma Yamaha.
O lider na geral é o italiano Paolo Ceci, pilotando uma KTM.
"Il nono" Picco estava em 7º até ontem mas até o momento não consegui ver em que posição chegou na etapa da hoje.
Na primeira etapa, em 2010 foram apenas 3 motos - Marco Capodacqua (KTM), Alberto Dottori (KTM) e Giovanni Stefani (Yamaha), e foi vencido por Marco Capodacqua.
Os resultados seguintes foram:
2011 - Gev Teddy Sella (sul-africano) KTM - 37 competidores
2012 - Oscar Polli (italiano) KTM - 14 competidores
2013 - Martin Fontin (alemão) KTM - 22 competidores
2014 - Michael Pisano (francês) Honda - 23 competidores
2015 - Pal Anders Ullevalseter (norueguês) - 28 competidores, entre eles David Fretigne
2016 - Pal Anders Ullevalseter (norueguês) - 30 participantes
2017 - Gev Teddy Sella (sul-africano) KTM - 37 participantes, entre eles Paolo Ceci e Ullevalseter
Este ano são novamente 37 participantes.
E se o Dakar tem a beleza da espanhola Laia Sanz, o Africa Eco Race tem a francesa Julie Vanneken.



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