quarta-feira, 24 de março de 2010

Com a moto não aconteceu nada...

Na última segunda-feira, quando volto do almoço para o trabalho tive um pequeno acidente.

Parei a moto, travei e inclinei para ficar no descanso.
Só esqueci de baixar o descanso...
Já viu né... 185Kg mais uns 20l de combustível... depois de inclinar ninguém segura.
Fui segurando como pude, e consegui evitar a queda, de modo que a moto foi deitando devagar.
Só este esforço já causou uma certa dor.
Então seguro com uma mão no punho esquerdo e a outra no banco e tento levantar... nada... só mais dor.
Faço uma segunda tentativa, e depois de muuuuuita dor coloco a moto de pé.
Apoiado com uma mão no tanque e outra no banco, dou uma olhada geral e vejo que só tem um pequeno arranhão na carenagem e na proteção de mão. Em compensação... minhas costas...


Fui ao ambulatório e a médica diagnosticou como entorse na coluna lombar.
Resultado: injeção na bunda e 48h de repouso.
Mas um fato ocorrido durante a consulta me deixou perplexo. Indagando sobre as condições em que o acidente aconteceu, e após ouvir meu relato a médica sentenciou: "Você devia ter deixado a modo caída. Seria melhor para a sua coluna."
Gente sem coração!
Absurdo!
Como pode alguém falar uma coisa dessas!?

Até o próximo!

terça-feira, 9 de março de 2010

O DesmoGroup

Olá pessoal!

Como já comentei por aqui, nós, os felizes proprietários de uma Cagiva Elefant, e mais meia dúzia de furões... participamos de uma lista de e-mail chamada DesmoGroup.

Nesta lista, além de um pegar no pé de outro, muita bobagem e papo furado, o que é mais do que normal em um grupo de amigos, circulam dicas preciosíssimas, que, acredito, já salvaram muitas motos do ferro velho.
Na medida do possível vou usar o espaço deste blog para divulgar um pouco estas dicas, pois sei que tem proprietário de Cagiva que não faz parte do grupo, e tem também o pessoal do exterior, então acho que vai acabar sendo útil.
Quando estive viajando por Minas, em Outubro do ano passado, rompeu-se meu cabo do velocímetro, e quando parei na calçada de uma cidadezinha para retirá-lo, pois tinha ficado dependurado, juntou uma meia dúzia de curiosos, e um deles disse “tem uma loja de bicicleta lá na esquina que tem todo tipo de cabo”. Mal sabe ele que para as Cagivas até parafuso é difícil de achar.
Por sorte ou previdência, eu havia adquirido este cabo meses antes.
Numa destas iniciativas solidárias das quais o DesmoGroup está cheio, o Ruy Orsini encontrou quem se dispôs a fabricar os cabos, mobilizou o pessoal, arrecadou a grana, mandou fazer e despachou os cabos para todos.
Sem querer puxar o saco, o pessoal sabe que não precisa disso, mas quero dedicar este primeiro post de “Dicas do DesmoGroup” a esta figura que é o Ruy.


Esse Mineiro, descendente de italianos, e Hare Krishna convicto é o sujeito mais apaixonado pelas Cagivas que eu conheço. Quando estive na casa dele pela primeira vez, ficamos umas 4h na oficina conversando e falando das inúmeras qualidades das Cagiva Elefant. Tinha uma Grand Canyon que ele estava fazendo (fazendo quer dizer consertando, reformando, ajustando, mas tudo isso junto e temperado com carinho e excelência), e em determinado momento ele disse “sobe ai”, apontando para a GC, “sobe ai e sente essa moto”. Subi... senti... era uma Grand Canyon! Olhei para o Ruy meio sem saber o que dizer e ele se antecipou:”Não parece uma bicicletinha?”
Fantástico! Esse é o Ruy.
Neste meu primeiro encontro com ele, fui deixar minha moto para uma revisão, e durante estas 4h ele nem olhou para ela. Só ficamos batendo papo. Já na hora de ir embora ele disse "vamos dar uma olhada na tua Cagiva". Ufa!!! Achei que ele nem ia fazer isso. Subi na moto e trouxe ela para afrente do portão da oficina. Na parte de cima do eixo do guidão o antigo dono tinha perdido uma pecinha plástica que faz o acabamento. Como se fosse uma tampinha com o tradicional elefantinho em baixo relevo. E tinha substituído por outra "genérica". Primeira coisa que o Ruy viu foi isso, e esbravejou "Coisa horrível, não sei como neguin estraga as Cagiva colocando uma porcaria dessas", e logo deu de mão na pobre tampinha e jogou ela com raiva dentro de um grande tonel de lixo. Fiquei suspenso no ar... que mais ele vai jogar no lixo... mas logo ele arrematou a conversa "vou te dar a minha original de presente".
Quem gosta de Cagiva e ainda não conheceu o Ruy pessoalmente tá perdendo tempo na vida.

Protagonista de discussões homéricas no grupo.
Uma das mais memoráveis foi sobre os fusíveis.
Como todos sabem estas motos sofrem de mau congênito na parte elétrica, e a maioria das que hoje estão rodando teve tudo isso refeito. Pois o Ruy tem uma teoria conspiratória que envolve os fusíveis. Rapaz... o que isso já deu de discussão... agora parece que tem um pacto selado e não declarado no grupo. Sobre fusíveis ninguém mais fala.
Se fosse para estender os comentários este post iria virar livro.
Mas não dá para deixar de reconhecer a dedicação, paixão e excelência do trabalho que o Ruy faz.
Quem quiser conferir basta dar uma olhada no Picasa dele.

Ruy, um grande abraço para você.